domingo, 31 de maio de 2020

GDF distribui 40 mil máscaras e conscientiza população sobre Covid-19

Além da tropa da saúde pública, megaoperação reuniu homens e mulheres do DER/DF, do Corpo de Bombeiros e das polícias Civil e Militar, entre outros órgãos | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

Atendendo orientação do governador Ibaneis Rocha, o Governo do Distrito Federal realiza uma grande operação neste domingo (31) para conscientizar a população em relação às medidas protetivas contra a infecção do coronavírus, em especial o uso da máscara facial, e de fiscalização ao funcionamento do comércio. A ação se concentra em quatro cidades onde os casos confirmados de Covid-19 avançam e recebem mais atenção do governo: Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol, Samambaia e Estrutural. Ao todo, 40 mil máscaras de tecido foram distribuídas para a população dessas cidades.

“Precisamos de colaboração da sociedade. É preciso observar as regras do funcionamento do comércio. Aquilo que não está autorizado não pode abrir” José Humberto Pires, secretário de Governo

A força-tarefa mobilizou mais de 100 servidores de diferentes órgãos como a Secretaria de Governo, o DF Legal, Corpo de Bombeiros, polícias Civil e Militar e Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF), além dos funcionários das administrações regionais das quatro cidades. Em todos os dias da semana que se encerra o GDF distribuiu máscaras nessas cidades, uma média de 5 mil por dia.

“Vivemos um momento importante no combate à essa doença e precisamos de colaboração da sociedade. É preciso observar as regras do funcionamento do comércio, aquilo que não está autorizado não pode abrir. E a população tem que usar a máscara, que protege a si e ao próximo, observar o distanciamento, o uso do álcool gel, a medição de temperatura”, afirmou o secretário de Governo, José Humberto Pires, que coordenou a ação.

“Com a adoção de todas as medidas mitigadoras recomendadas, vai dar certo. E precisamos que dê certo”, completou.

Equipe do DF Legal chega à Feira Central de Ceilândia para começar os trabalhos | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

De acordo com o secretário do DF Legal, Gutemberg Tosatte Gomes, os servidores do órgão fazem fiscalizações diárias no DF com um caráter educativo. Mas, neste domingo, o orientação era fechar estabelecimentos comerciais que fossem flagrados em funcionamento sem autorização. “A obediência às regras vai muito além de fazer cumprir uma legislação. Trata-se de preservar vidas”, ressaltou.

A Ceilândia registra 955 casos e lidera a lista de cidades com o maior número de contaminados por coronavírus. Lá, a equipe começou o trabalho pelos arredores da Feira Central, região que concentra uma grande circulação de pessoas.

Havia uma fila de moradores na porta da feira, que tem o acesso controlado. Mas o desrespeito às regras acontecia do lado de fora, com a venda de frutas por dezenas de vendedores ambulantes, o que é proibido.

Agentes do Corpo de Bombeiros reforçaram o mutirão do governo no domingo de sol | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

Aglomeração

Os fiscais conversaram com os ambulantes e pediram que eles recolhessem as mercadorias e deixassem o local. Até o fim da manhã, no entanto, os agentes do DF Legal apreenderam os produtos de cinco vendedores que ignoraram os pedidos e retornavam ao local, depois de simular uma retirada. No Sol Nascente/Pôr do Sol, uma partida de futebol em um campo sintético foi interrompida, uma aglomeração em uma pista de skate foi dispersada e um bar, aberto com uma mesa de sinuca funcionando, foi interditado.

O administrador de Ceilândia, Marcelo Piauí, lamentou que a população ainda ofereça resistência às medidas sanitárias para a prevenção da Covid-19. “Nossa cidade é a maior região administrativa do DF. É uma cidade grande e as pessoas gostam de ir para a rua, conversar, ir à feira, é cultura. Mas esse não é o momento de sair de casa e é isso que eu tenho dito”, enfatizou.

Administrador do Sol Nascente/Pôr do Sol, Goudim Carneiro também argumentou que manter as medidas de proteção na cidade, principalmente o distanciamento, muitas vezes é um desafio. “Temos lotes aqui onde moram 20 pessoas, residências com dez pessoas. O tratamento aqui tem que ser diferenciado”, defendeu.

Populares cumprem determinação do GDF sobre uso obrigatório de máscaras | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

Máscaras

Em Samambaia, onde há 610 casos da doença confirmados, as equipes do DF Legal dispersaram uma aglomeração de cerca de 200 pessoas na Feira do Rolo e retiraram ambulantes na Feira da QR 313. Na Quadra 506, um quiosque com 12 pessoas que jogavam baralho, com direito a apostas, acabou fechado.

Em frente ao Supermercado Supercei, em Samambaia Sul, a operação do GDF concentrou-se na distribuição de máscaras de tecido confeccionadas pela Fábrica Social. Servidores da administração chamavam a população para pegar o equipamento, principalmente pessoas que usavam máscaras mais frágeis, e lembravam que não usar a máscara em locais públicos pode resultar em multa de R$ 2 mil.

O autônomo Edilvar de Sousa, 28 anos, circulava pelas ruas sem o equipamento de proteção, e justificou. “Estou sem trabalhar e só tenho uma que está molhada”, declarou, ao receber duas máscaras doadas pelo governo. “Aqui em Samambaia infelizmente tem crescido o número de casos da Covid-19. Muita gente ainda anda sem máscara e muitos falam que não têm condições de comprar”, completou o administrador regional Gustavo Aires.

A Estrutural lidera os testes positivos feitos pela Secretaria de Saúde nas regiões mais vulneráveis do Distrito Federal – foram 403 registros positivos nos oito dias de Testagem Itinerante. O administrador da cidade, Gustavo Cunha de Souza, defendeu que é preciso conter as infecções para manter o comércio aberto e reabrir outras atividades econômicas. “As pessoas têm que fazer a parte delas.”



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Marco da arquitetura moderna, Catedral de Brasília faz 50 anos

Brasília 24 de junho de 2019//Catedral de Brasília.Foto Luis Tajes/Setur-DF
Brasília 24 de junho de 2019//Catedral de Brasília.Foto Luis Tajes/Setur-DF
Catedral e céu de Brasília fazem dupla na demonstração da beleza que marca o centro da capital | Foto: Luís Tajes / Setur-DF

A Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, conhecida como Catedral de Brasília, comemora 50 anos neste domingo (31). O audacioso projeto de Oscar Niemeyer é um marco da arquitetura moderna e foi o primeiro monumento criado em Brasília. Seu desenho simboliza mãos em prece voltadas para o céu e os 16 pilares de concreto têm o formato de bumerangues. Os vitrais são assinados pela artista plástica Marianne Peretti, e dão um tom celestial à Catedral, que também exibe em seu interior três grandes anjos de metal que parecem flutuar pelo céu.

Na entrada da Catedral, estão instaladas quatro grandes esculturas conhecidas como Os Quatro Evangelistas. As esculturas e os anjos da Catedral são assinados pelos renomados artistas plásticos Alfredo Ceschiatti e Dante Croce.

A igreja é considerada um dos pontos turísticos mais importantes da capital federal e recebe milhares de visitantes ao longo do ano. Mas a celebração dos 50 anos foi diferente, devido ao atual momento de pandemia de Covid-19.

Os Quatro Evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas e João), obra de Alfredo Ceschiatti e Dante Croce, dão as boas vindas ao público na entrada do monumento | Foto: Catedral.org / Divulgação

A missa em ação de graças pelo jubileu de ouro foi transmitida ao vivo nos meios de comunicações sociais da Arquidiocese, pela Rádio Arquidiocesana Nova Aliança e pela TV e Rádio Canção Nova Brasília. A celebração foi presidida pelo Cardeal Dom Sergio, os bispos auxiliares Dom José Aparecido e Dom Marcony Vinícus, e pelo pároco da Catedral, padre João Firmino.

Mas também é possível visitar a Catedral no dia do seu aniversário. Ela é um dos destaques da Rota da Paz, que faz parte do Tour Virtual de Brasília, criado em abril deste ano pela Secretaria de Turismo do DF em celebração aos 60 anos da capital federal.

O tour virtual permite fazer uma viagem por 80 pontos turísticos imperdíveis de Brasília, separados por temas, e foi elaborado pela Setur por meio da plataforma Google Earth. Da tela de um celular, computador ou tablet, brasilienses, curiosos de todo o Brasil e do mundo podem conhecer as obras da imponente igreja, mesmo no conforto de casa.

Brasília 24 de junho de 2019//Catedral de Brasília.Foto Luis Tajes/Setur-DF
Os três arcanjos bíblicos Miguel, Gabriel e Rafael, que pendem do teto da Catedral, também de Alfredo Ceschiatti e Dante Croce | Foto: Luís Tajes / Setur-DF

“A Catedral de Brasília é um dos monumentos mais importantes da nossa cidade e um dos nossos cartões postais. Representa a nossa capital para o Brasil e para o mundo. É uma alegria comemorar as cinco décadas da sua existência, e a Setur disponibiliza a ferramenta do Tour Virtual como um grande presente para todos os brasileiros, católicos ou não. A Catedral é mais do que um monumento religioso, é uma grande obra do nosso país”, elogia a secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça.

A Rota da Paz reúne, ao todo, 12 atrativos místicos e religiosos do DF e Entorno, e tem representantes de todas as crenças. Outras seis rotas compõem o Tour Virtual: Rota Cívica, Rota Arquitetônica, Rota Cultural, Rota Náutica, Rota do Cerrado, e Rota Fora dos Eixos.

 

* Com informações da Secretaria de Turismo



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Riacho Fundo tapa 282 buracos em uma semana

Ações de pavimentação são constantes em Riacho Fundo, enfatiza administradora Ana Lúcia Melo | Foto: João Rodrigues / AR Riacho Fundo

Com o apoio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), a Administração Regional do Riacho Fundo tapou 282 buracos entre 25 e 29 de maio. No total, 26 toneladas de massa asfáltica foram utilizadas na operação.

A Avenida Sucupira, a QN 07 e as QS 4, 6, 8, 10 e 12 são alguns dos locais beneficiados. Trechos da via que liga a Colônia Agrícola Kanegae à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Núcleo Bandeirante também passaram por recuperação de asfalto ao longo da semana. A administração regional mantém um mapeamento amplo dos buracos da cidade e busca revitalizar a pavimentação com constância e presteza.

A administradora do Riacho Fundo, Ana Lúcia Melo, explica que o serviço de tapa-buracos é uma das principais demandas registradas no serviço de ouvidoria da região administrativa. “Mesmo diante da pandemia do novo coronavírus, continuamos empenhados em manter a cidade limpa, bonita e bem cuidada. Afinal, é determinação do governador Ibaneis Rocha esse cuidado com a nossa população”, acrescenta.

 

* Com informações da Administração Regional do Riacho Fundo



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Sema recupera orla do Paranoá e áreas de preservação do Distrito Federal

Áreas verdes às margens do lago são revitalizadas por servidores do GDF | Foto: Sema / Divulgação

A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) está executando dois projetos para revitalizar áreas degradadas e garantir os serviços ambientais prestados por espaços importantes para a população do DF: recuperação de danos nas áreas de preservação permanente (APPs) na orla do lago Paranoá e restauração de 80 hectares em áreas de nascentes, de preservação permanente e de recargas de aquíferos nas bacias do Rio Descoberto e do Rio Paranoá.

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O Projeto Orla prevê a recuperação de 65 hectares ao longo das APPs da orla do Lago Sul do Paranoá, com ações nos 30 metros às margens do espelho d’água do Lago Sul. A orla do lago tem um contorno total de 102,31 quilômetros, 50,31 deles no Lago Sul e 52 no Lago Norte.

São investidos R$ 2 milhões no projeto, recursos provenientes do Fundo Único do Meio Ambiente (Funam). Os valores se referem aos pagamentos de acórdãos judiciais e termos de ajustamento de conduta dos moradores responsáveis pelas ocupações irregulares envolvidos em uma ação civil pública.

O objetivo da ação é contribuir para a manutenção das paisagens e das múltiplas funções ecológicas da orla do Lago, com destaque para a estabilidade das margens, de corredores ecológicos e da biodiversidade.

Plantar água

A ideia é de que “plantar árvore é plantar água”, como repete o secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho. Ele explica que a gestão dos recursos hídricos deve considerar a importância da vegetação. “Nossa visão da água é sistêmica e abrangente, não se limita ao que acontece entre o reservatório e a torneira”, afirma.

Para o secretário, é importante reforçar a ideia de que a água não nasce nos reservatórios, mas é garantida pela preservação e recuperação de nascentes, matas ciliares e bacias hidrográficas. “E, ainda, preservar os recursos hídricos, propiciando abastecimento de água, amenização do clima, navegação, lazer e embelezamento de Brasília, funções que estavam comprometidas por ocupações irregulares”, acrescenta Sarney Filho.

Ele destaca ainda que, com as ações de preservação, o Governo do Distrito Federal atende parte da demanda do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) de recuperar áreas de APP que estiveram ocupadas ilegalmente ao longo da orla e foram desobstruídas, com retirada de cercas e muros. Segundo Sarney Filho, também é importante “que a comunidade em geral reconheça e se sinta pertencente ao lago Paranoá”.

Plantio de mudas

A primeira etapa do trabalho foi realizada na Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) do Bosque, na QL 10 do Lago Sul, no início deste ano. A área em recuperação tem 4,5 hectares e recebeu plantio de cerca de 1.770 mudas de variadas espécies nativas do Cerrado.

A vegetação típica contribui com o embelezamento paisagístico da área, já que o local é uma unidade de conservação aberta à visitação da sociedade.

Muda plantada, em primeiro plano, e imagem da Ponte do Pontão ao fundo | Foto: Sema / Divulgação

Segundo Flávia Stela, coordenadora-geral do Instituto Rede Terra, organização que venceu o chamamento público para a realização da obra, as principais ações adotadas na área foram a contenção de processos erosivos, a revegetação e a revitalização de corredores ecológicos.

“Também foram necessários tratamento contra formigas e correção de solo antes do plantio, uso de contentores para limitar o acesso de veículos que poderiam impactar as margens da orla e os plantios, bem como o cercamento e tutoria de mudas”, conta.

Todo o trabalho considera o cumprimento das normas ambientais como o Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Lago Paranoá, as diretrizes de manejo florestal e as urbanísticas da orla, segundo avaliação feita em 2019 por um grupo de trabalho com vários órgãos públicos. O grupo concluiu que são necessárias ações de recuperação por meio de diagnóstico, identificação das medidas reparadoras, definição de indicadores ambientais e implementação das medidas de recuperação em unidades de conservação e corredores ecológicos.

Áreas prioritárias

O Diagnóstico Ambiental que subsidia o projeto identificou 321,83 hectares passíveis de recuperação na orla, incluindo APPs, unidades de conservação e áreas públicas. O trabalho foi iniciado pelo Lago Sul, que tem cinco áreas prioritárias, e o braço do Riacho Fundo.

Outros destaques das áreas selecionadas são, além da Arie do Bosque, as encostas do Paranoá, Arie Riacho Fundo (trecho no Park Way, aeroporto e QL 1), Parque Ecológico Ermida Dom Bosco, Parque Ecológico Península Sul, Parque Ecológico das Copaíbas, Parque Ecológico Garça Branca, Ponte das Garças e Mosteiro da Ermida Dom Bosco, além da quadras do lago (QLs) 6, 8, 16, 18, 22, 26 e 28.

Nascentes

As ações voltadas para recomposição da vegetação nativa em 80 hectares de nascentes, áreas de recarga e demais áreas de preservação permanente, degradadas ou alteradas nas bacias dos rios Descoberto e Paranoá, visam a manutenção e a recuperação de seus aquíferos. As duas bacias foram priorizadas porque são responsáveis pela maior parte do abastecimento urbano do DF.

Plantio de mudas é uma das maneiras de preservar as margens do lago, informa a secretaria | Foto: Sema / Divulgação

Em uma primeira etapa foram implantadas ações de restauração em 10 hectares que são alvo para recomposição ambiental, no Parque Ecológico do Riacho Fundo e no Parque Ecológico de Águas Claras, ambos na Bacia Hidrográfica do Paranoá (Unidade Hidrográfica do Riacho Fundo).

A iniciativa busca recuperar as áreas degradadas, bem como testar abordagens mais eficientes de restauração de vegetação nativa. Isso pode ser feito por meio de métodos variados, como plantio de mudas, plantio direto de sementes, condução da regeneração natural, enriquecimento em áreas alteradas e plantios agroflorestais, que aliam a produção agrícola sustentável com a conservação do solo e benefício aos serviços ecossistêmicos.

“Todas essas ações visam à melhoria dos aspectos ambientais das áreas, bem como a visibilidade para a população da região, como forma de conscientização e educação ambiental”, arremata Sarney Filho.

O projeto integra o CITinova – Planejamento Integrado e Tecnologias para Cidades Sustentáveis, um projeto multilateral realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) com apoio do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês).

No Distrito Federal, o projeto é executado pela Sema e gerido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).

 

* Com informações da Secretaria de Meio Ambiente



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Detran-DF monta dois pontos de drive-thru para serviço de protocolo

A partir de segunda-feira (1º/6), o Departamento de Trânsito (Detran-DF) vai montar dois pontos de atendimento do protocolo em sistema drive-thru, nos postos do Detran Sede e do Setor de Cargas. As novas estruturas funcionarão de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. A medida busca restabelecer a normalidade da prestação de serviços à população com responsabilidade, evitando aglomeração de pessoas e filas, que expõem usuários e servidores a riscos de contaminação pelo novo coronavírus.

Para evitar expectativas frustradas de atendimento, o Detran-DF sugere aos usuários que busquem informações no site ou pelo Serviço de Atendimento ao Cidadão, que atende pelo telefone 154, antes de ir aos postos de drive-thru. A intenção é de que o serviço seja prestado de forma célere, apenas para recebimento de documentação. Por isso, o usuário já deve levar todos os requerimentos preenchidos, assinados e acompanhados das cópias de toda a documentação necessária para o serviço pretendido. Os formulários estão disponíveis no site do Departamento e podem ser acessados aqui.

O cidadão também pode utilizar os serviços de protocolo sem sair de casa, pois o atendimento por e-mail está mantido e em funcionamento desde 13 de maio, mediante o envio de requerimento específico devidamente assinado e digitalizado, juntamente com toda a documentação exigida (endereço eletrônico: nudoc@detran.df.gov.br). Os pedidos de defesa prévia, recurso contra notificação de trânsito, identificação de condutor infrator e comunicado de venda não são aceitos por e-mail, mas há a opção de fazer o envio desses requerimentos, pelos Correios, para o endereço SAM Lote A Bloco B – Edifício Sede do Detran/DF – CEP 70.620-000.

Para o diretor-geral do Detran, Zélio Maia, este é um momento em que todos devem agir com responsabilidade no enfrentamento à Covid-19. “Entendemos a necessidade da população e, por isso, estamos retomando o atendimento ao público ainda durante a pandemia, mas pedimos que a população dê preferência à utilização dos serviços disponibilizados no site do Detran, por e-mail e pelo envio postal de documentos”, reforça.

Somente a documentação física – que não pode ser digitalizada – será recebida pelo atendimento drive-thru. É importante destacar também que o serviço será exclusivo para atendimento em veículos de pequeno porte e pedestres não serão atendidos nesses postos.

 

* Com informações do Detran-DF



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Testagem Itinerante já fez mais de 20 mil testes rápidos de Covid-19

Durante esta semana, 17 áreas urbanas e rurais receberão a ação da Secretaria de Saúde | Foto: Geovana Albuquerque / Secretaria de Saúde

A Testagem Itinerante nas áreas vulneráveis do Distrito Federal completou oito dias, na última sexta-feira (29), e já testou 20.277 brasilienses para a Covid-19. Os casos positivos totalizaram 1.112, sendo a Estrutural a região com mais registro de casos na ação: 403 registros. Durante esta semana, entre 1º a 5 de junho, 17 áreas urbanas e rurais receberão a ação da Secretaria de Saúde (confira abaixo a lista dos postos de testagem).

Ontem (29), 2.219 testes foram aplicados e confirmou a presença do novo coronavírus (Sars-CoV-2) em 221 pessoas. A Estrutural teve 83 confirmações, Itapoã 44, Mestre Darmas 33, Vila Roriz, no Gama, 25 e São Sebastião 18. O Residencial Paraíso, localizado na Região de Saúde Sul, apresentou apenas 8 casos durante a ação que testou 142 moradores.

A Testagem Itinerante ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

O objetivo da ação é identificar infecções por coronavírus nas áreas mais remotas do DF, em pessoas sintomáticas ou que tenham tido contato com alguém infectado.

Início

As ações da Testagem Itinerante começaram em 20 de maio, tendo como meta expandir a aplicação dos testes rápidos para os locais que não foram alcançados pelos postos de drive-thru. A iniciativa prevê, ainda, a distribuição de máscaras de tecido e kits de higiene e saúde bucal à população, além de reforçar as orientações quanto às medidas de prevenção.

Diferentemente dos pontos de drive-thru, a população desses locais não precisa fazer o agendamento no site testa.df.gov.br. As equipes de saúde podem fazer o cadastro do cidadão na hora, caso ainda não tenha. O resultado sai em até 20 minutos.

Balanço

Depois da Estrutural, o Itapoã é a segunda região com mais casos registrados pela Testagem Itinerante, com 123 confirmações. Na sequência estão São Sebastião, com 103 detecções, Sol Nascente (79) e Vila Cauhy, no Núcleo Bandeirante (67).

A lista continua com Condomínio Porto Rico, que tem 53 casos positivos da doença; Morro do Macaco (Samambaia), 46; Mestre Darmas, 45; Vila Roriz, 40; Posto Fercal, 30; Pôr do Sol, 23; Setor O, 21; Capoeira do Bálsamo (Lago Norte), 17; Residencial Paraíso, 16; Vale do Amanhecer, 12; Arapoanga, 12; Córrego do Arrozal, 11; Vila São José (Vicente Pires), 11.

Os menores registros foram em Água Quente (Recanto das Emas), com dez confirmações; Brazlândia, com seis; Engenho das Lages, com quatro; Vila Telebrasília, com duas; e Varjão, com apenas um caso registrado.

A região da Cobra Coral foi a única que não teve detecção da doença durante a ação.

 

* Com informações da Secretaria de Saúde



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Riacho Fundo terá testagem de Covid-19

Os moradores do Riacho Fundo poderão realizar testes de Covid-19 durante toda a próxima semana (1º a 5/6). A testagem funcionará em sistema drive-thru, no estacionamento da administração regional, a partir das 9h. Também haverá a possibilidade de exames para pedestres no local.

Para ser atendido é necessário cadastro prévio no site www.testa.df.gov.br. Dúvidas e outras informações podem ser esclarecidas por meio de mensagens de WhatsApp (veja serviço abaixo).

A administradora do Riacho Fundo, Ana Lúcia Melo, destaca que a testagem para Covid-19 é mais um pedido dos moradores atendido.

“Agradecemos ao governador Ibaneis Rocha e ao secretário de Saúde, Francisco Araújo, pela carinho e atenção com a nossa cidade. E reiteramos nosso pedido à população para que, se possível, fique em casa. E, caso seja necessário sair, use máscaras. Ajude a salvar vidas”, reforça.

Serviço:

Testagem de Covid-19 no Riacho Fundo

Data: 1º a 5 de junho (segunda a sexta-feira)
Horário: das 9h às 17h
Local: Administração Regional do Riacho Fundo
Mais informações: 99125-9584

 

* Com informações da Administração Regional do Riacho Fundo



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Dia Mundial sem Tabaco: o alerta da Sejus sobre os riscos do consumo

Com a temática “Escolha a saúde. Escolha a Vida”, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) se une às manifestações realizadas no mundo inteiro no Dia Mundial sem Tabaco, 31 de maio, para alertar a população sobre os riscos do consumo dos produtos derivados do tabaco (tabagismo).

“No âmbito da prevenção, a Sejus desenvolveu o programa ‘Drogas: Prevenção e Ação’, que propõe a capacitação de profissionais, formação de multiplicadores da prevenção às drogas, fortalecimento das redes sociais, conscientização da população, campanhas educativas nas escolas e orientações diversas”, explicou a secretária de Justiça, Marcela Passamani.

Tabagismo e Covid-19

Neste ano a campanha global é “Tabagismo e Coronavírus (Covid-19)”, com o objetivo de sensibilizar a população, principalmente os jovens, sobre o problema.

A campanha mundial também propõe uma grande discussão sobre a relação entre tabagismo e Covid-19, com foco nos prejuízos ao meio ambiente e nos benefícios do abandono do tabagismo, dentre outros.

Os riscos

Sabe-se que o uso do tabaco pode gerar mais de 20 tipos de câncer nos mais variados órgãos do corpo, como pulmão, laringe, boca e bexiga.

O tabaco também causa infertilidade, impotência, maior probabilidade de doenças cardíacas, baixo rendimento em atividades físicas e geração de filhos com problemas físicos e mentais.

 

* Com informações da Sejus-DF



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Farmácia Viva amplia distribuição de chá de guaco, com foco nos diabéticos

Com a chegada do período frio e seco característico no DF, quando surgem as síndromes respiratórias, começa a ser ampliada a distribuição do chá de guaco – e com foco no paciente diabético. O composto também conhecido pelo xarope de guaco pode trazer uma melhora significativa no tratamento às complicações do trato respiratório. O trabalho está sendo feito pela gerência do Componente Básico da Assistência Farmacêutica e o Núcleo de Farmácia Viva do Riacho Fundo. 

Foto: Secretaria de Saúde/Divulgação

Anteriormente, apenas 20 unidades básicas de Saúde eram cadastradas para pegar o material. Agora, já são mais 14 solicitações do chá e todas as 172 UBSs e 595 equipes atuantes na Saúde da Família poderão ter esse reforço de medicação. Cada UBS poderá agendar para buscar o produto na Farmácia Viva do Riacho Fundo I, localizada no Instituto de Saúde Mental (ISM). 

Nilton Luz, farmacêutico e chefe do Núcleo de Farmácia Viva do Riacho Fundo, lembra do aumento das doenças que atingem o trato respiratório e menciona a Covid-19 – que tem como um dos principais sintomas a tosse e como grupo de risco os pacientes diabéticos.

Já foram produzidos, só nos últimos três meses, 450 unidades de 30g para o tratamento. Para se ter uma ideia, 1 kg de guaco seco pode render 30 pacotinhos. A equipe conseguiu a colheita de 110kg de guaco, o que representa 14kg secos para embalar. 

“A planta possui um alto poder de combater problemas do trato respiratório e de alívio ao sintoma da tosse, ajudando inclusive a expectorar a secreção. Focamos neste momento na ampliação do chá, principalmente ao diabético, porque não possui açúcar e conseguimos produzir com o material que já temos. Ganhamos o selo Covid-19 também para os nossos processos de compra e conseguiremos ampliar em paralelo a produção do xarope”, destacou Luz.

Pioneirismo

Há décadas a Secretaria de Saúde do DF (SES/DF) distribui o composto feito da planta Mikania laevigata. Esta é uma das espécies de guaco que foi pesquisada pela Embrapa e a SES/DF e possui uma grande quantidade concentrada de cumarina, princípio ativo que ajuda no combate à tosse com secreção. Em 30 anos, não foi registrado nenhum evento adverso como intoxicação e tem sido, portanto, prescrita de forma segura pelos profissionais de saúde. 

Além disso, possui um custo sustentável de produção na SES/DF. A planta é cultivada na Farmácia Viva do Riacho Fundo, Cerpis de Planaltina, Floresta Verde do Lago Norte, Embrapa Cerrado-Planaltina e na Papuda (nesse caso, como atividades de reeducação e ressocialização dos presos). 

Foto: Secretaria de Saúde/Divulgação

Marcos Trajano, médico de família, e Referência Técnica em Fitoterapia na SES, destaca os benefícios da planta e as diversas formas que a SES/DF oferece à população. São produzidos o xarope, o chá em sachês, a tintura de guaco e a forma fresca também.

Para o xarope, em especial, ele pontua que toda a produção é validada pelo centro de qualidade técnica do Laboratório Central do DF. Ressalta ainda que o lançamento e a qualidade do produto na SES/DF é sem precedentes, pois o DF foi o primeiro a engajar nacionalmente nessa linha de fitoterápicos. 

“Temos um produto de primeiríssima linha sendo oferecido à população do DF de forma gratuita. Oferecemos ainda a planta seca ou fresca para ser feito o chá. Afinal, pacientes com diabetes não podiam pegar o xarope por causa do açúcar que ajuda a conservar o produto”, diz. 

* Com informações da Secretaria de Saúde-DF



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A transição de colônia agrícola a setor habitacional

Foto: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília
Foto: Acervo pessoal
A família de Maria Dolores Aguiar saiu do Guará em 1999 para viver na então Colônia Agrícola Vicente Pires. Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

A Colônia Agrícola Vicente Pires foi criada em 1986 com a exclusiva missão de desenvolver naquele terreno situado próximo a Taguatinga a produção rural capaz de ajudar a abastecer as cidades de Brasília com gêneros alimentícios. Ali se chegou a produzir de tudo um pouco: hortifrutigranjeiro, hortaliças, leite de cabra e leite de vaca, e inúmeros tipos de fruta, como a manga, banana, laranja, mexerica, limão e uva, além de milho e feijão.

Não era somente pela atividade agrícola que fazia a terra se caracterizar como área rural. Vicente Pires era entrecortada por um longo córrego de mesmo nome. Poucos moradores sabem que, na verdade, não foi a cidade que deu o nome ao córrego, mas o inverso.

Para explicar isso, é preciso escrutinar o passado em 200 anos atrás. No período imperial brasileiro, o Conselheiro da Coroa Padre Vicente Pires da Mota recebeu alguns hectares de terra entre a província de São Paulo e o interior do atual Goiás. Dentro da fazenda dele, havia um córrego que passou a se chamar Vicente Pires por causa do nome do proprietário da terra. Foi daí que surgiu o nome da cidade conhecido hoje por Vicente Pires.

Chacareiros

Em 1985, o governo decidiu levar para lá 350 chacareiros. Cada um recebeu um pequeno módulo para iniciar a produção de alimentos para a capital. A migração de área rural para urbana foi lenta. Demoraria 24 anos até se transformar na 30ª Região Administrativa, em 2009. Mas o processo de fracionamento das chácaras foi acelerado e começou para valer no início dos anos 2000, quando o Distrito Federal vivia uma onda de grilagem de terra.

A especulação imobiliária apontou os olhos para Vicente Pires devido à localização privilegiada. A colônia ficava entre Estrutural, Taguatinga, Guará e Águas Claras e a 13km do Plano Piloto. Além disso, possuía as melhores condições naturais possíveis: chácaras imensas e com água abundante, pois a maioria se situava sobre verdadeiros colchões de água.

Foi justamente por essas condições, combinadas com a paz inerente a um setor de chácaras, que fizeram com que a família de Maria Dolores Aguiar, 74 anos, saísse do Guará no final dos anos 1990 para morar em Vicente Pires. Ou melhor, na Colônia Agrícola Vicente Pires. Eles chegaram em 1999. “Aqui era tudo mato. Só tinha chácara”, recorda.

A moradora é a única proprietária de chácara na Rua 7 que não fracionou o terreno. Ao contrário da maioria dos vizinhos, que transformaram a sua propriedade em condomínio ou lote comercial. A propriedade dela tem cinco mil metros quadrados. Lá, ainda cultiva hortifrutigranjeiros. Dolores lembra que, em 1996, o vizinho ao lado chegou a oferecer o lote de mil metros quadrados a ela por R$ 2 mil.

Com praticamente toda a vizinhança convertida em condomínio ou comércio, Dolores afirma que não se sente uma estranha no próprio ninho. Acha que a vinda dos serviços de urbanização organizou a ocupação desordenada. “A pavimentação diminuiu a poeira e a lama em 100%. Ficou muito bom. Com a chegada da cidade, tumultuou porque o tráfego de carros e caminhões faziam estrago aqui”, disse.

Regularização

O processo de regularização de Vicente Pires teve início em 2017, mas ainda não foi concluído. Muitas casas permanecem na irregularidade. Foram entregues 57 mil escrituras. A cidade possui cerca de 80 mil residências. São divididas em glebas. De 1 a 3 são da Terracap. Porém, a Gleba 4, que compreende a Vila São José, pertence à União. Por isso, ainda não foi regularizada.

Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília
29.05.2020 Presidente da Acivip, Anchieta Coimbra, lamenta a burocracia por parte da União para regularizar toda a cidade. Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

De acordo com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Vicente Pires (Acivip), Anchieta Coimbra, o fato de a Vila São José ainda não ter escritura impacta na regularização da cidade, porque tem de ser feita de forma integral.

Ele lamenta que isso demande tempo, pois a falta de escritura aos prédios comerciais faz com que empresários interessados em investir na cidade recuem.

“O GDF tem toda a disposição em regularizar Vicente Pires, mas a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) é que trava, pois a Gleba 4 e um pedação da Gleba 3 pertencem à secretaria”, afirma Anchieta.  



A transição de colônia agrícola a setor habitacional publicado primeiro em https://www.agenciabrasilia.df.gov.br

Da lama ao colorido das casas, eis a Rua 10

Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília
Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
A Rua 10 foi escolhida para ser a primeira localidade a receber o reforço porque faz divisa com praticamente todas as ruas de Vicente Pires e tem 4,5 km. Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Quem passa hoje pela Rua 10 de Vicente Pires corre o risco de achar que o cenário de harmonia entre a arquitetura moderna das casas e o progresso advindo com a infraestrutura sempre foi assim. Mal podem imaginar que nem sempre existiu a pista em ótimo estado de conservação, tão lisa que parece um tapete e ladeada por calçadas largas. A localidade chegou a colecionar problemas de ordem estrutural. O maior deles ocorria em dias de chuva, quando a estrada de chão batido se transformava em perigo para quem trafegava. 

Essa situação que se arrastava há anos começou a mudar em 6 de maio de 2019, quando o Distrito Federal foi banhado por um temporal que provocou transtorno em quase 100% do quadrilátero candango. Casas, prédios, garagens e tesourinha do Eixão ficaram alagadas. Mas nada comparado à situação da Rua 10 de Vicente Pires. Caminhões com material de construção acabaram atolados em meio à lama da quadra que passava por obras de asfaltamento. A água formava uma pungente enxurrada que assustava até mesmo quem acompanhava pelo noticiário.

As cenas dignas de lugares constantemente atingidos pela chuva, como Rio de Janeiro e São Paulo, levaram o Governo do Distrito Federal a embarcar em Vicente Pires a bordo de nau com 300 funcionários e 150 máquinas sob o comando de um Gabinete de Gestão de Crise.

A primeira missão do grupo composto por 11 secretarias e mais empresas públicas foi tirar a Rua 10 do atoleiro. A quadra foi escolhida para ser a primeira localidade a receber o reforço porque faz divisa com praticamente todas as ruas de Vicente Pires e tem extensão de 4,5 km. A força-tarefa do GDF resolveu os problemas em 30 dias . A pista ganhou drenagem, bocas de lobo, calçadas e meios-fios.

Drenagem

Agora, as chuvas não são mais sinal de ameaça para os moradores. Com a drenagem das águas pluviais e o asfalto correndo em frente aos seus lotes, os moradores aproveitaram para caprichar no visual. Basta uma volta na Rua 10 para encontrar pintores trabalhando. A cor da sujeira impregnada em muros e fachadas deu lugar a tonalidades mais alegres e vivas.

Morador da Chácara 175, Ricardo Henrique Fonseca, 21 anos, conta que não aguentava mais lavar sua casa. “Quando não era a poeira que cobria as residências, o problema era a lama”, recorda. Apesar disso, afirma que não perdeu a paciência porque sabia que a obra levaria valorização ao seu imóvel.

Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
A cor da sujeira impregnada em muros e fachadas deu lugar a tonalidades mais alegres e vivas. Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

A chegada do asfalto também melhorou a vida dos funcionários dos condomínios. O porteiro Ralison André de Jesus Mota, 23, por exemplo, temeu perder o emprego porque os moradores incomodados com a situação resolveram vender as casas e a arrecadação começou a diminuir. Ele próprio admitiu sofrer os transtornos das obras. “Eu sofri muito. Tenho três anos aqui e passei um sufoco com as obras. Tinha de varrer e limpar a portaria o tempo todo”, conta.

A Rua 10 abriu caminho para a reforma e pavimentação de outras avenidas em Vicente Pires. Atualmente, o mutirão de serviços atua em 14 localidades da região. A maior parte de pequenas obras, como instalação de meios-fios, calçadas e quebra-molas.

O maior serviço atualmente é realizado num trecho de 900 metros entre a Rua 3 e a 10B, onde o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) fizeram uma parceira para asfaltar e urbanizar um pedaço que não estava coberto por nenhum contrato. Então, cada órgão ficou responsável por 450 metros.

Assim, de forma acelerada, como foi com a sua transição de área rural para a urbana, mas de forma organizada, Vicente Pires vai perdendo a pecha de grande canteiro de obras permanente e se tornando um setor habitacional de fato. Como já era esperado.



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