
O símbolo – uma cruz no canteiro central entre as vias N1 e S1 – marca um recorde nacional e um ato histórico na construção da nova capital: a Caravana da Integração Nacional.

O feito histórico marcou época não só pelo ineditismo de uma ação tão complexa e grandiosa, mas por usar uma frota com apenas veículos nacionais na estrada. Foram 137 no total.
Inaugurar Brasília era a meta síntese da gestão de JK, porém dois fatores foram emblemáticos e relevantes para a modernização do Brasil: a expansão da malha rodoviária e a implantação da indústria automobilística. Diante disso, surgiu na cabeça do ajudante de ordens do presidente, José Edson Perpétuo, a ideia de incrementar a inauguração da cidade unindo esses elementos, demonstrando, assim, o avanço no plano de metas do patrão.
Havia de tudo que fabricavam na época: Rural e Jeep Willys (este, inclusive, o primeiro carro a percorrer as obras da cidade com Lúcio Costa e Israel Pinheiro), DKW, Kombi, Fusca, Simca Chambord, Toyota Land Cruiser, caminhões Mercedes, Chevrolet, International e até ônibus Caio com chassi FNM. Os paulistas trouxeram os veículos mais pitorescos: nada menos que 25 Romi-Isetta, carrinhos pequenos em tamanho e potência que fizeram um enorme sucesso.
Formação

A coluna Leste teve largada oficial no Rio de Janeiro, sob o olhar de Juscelino na porta do Palácio do Catete, então sede do governo federal, para um percurso de 1,2 mil quilômetros; Foram três dias de asfalto, mas a maioria dos integrantes já estava rodando desde São Paulo. “A bandeira saía do Rio de Janeiro em automóveis brasileiros, com pneumáticos brasileiros, petróleo brasileiro para trefegar por estradas asfaltadas com asfalto brasileiro”, comemorou JK na época.
Junto a do Sul, a caravana do Norte foi a que mais rodou –, e, disparado, foi a que enfrentou mais problemas: percorreu os 2,2 mil quilômetros de uma Belém-Brasília ainda em construção. Foi uma sequência de atoleiros e contratempos numa via sem a menor infraestrutura durante dez dias de chuvas ininterruptas.
As dificuldades enfrentadas eram tantas – em caminhos muitas vezes abertos às pressas – que por onde passaram com seus caminhões, jipes e ônibus, os expedicionários eram recebidos como heróis. Carros de passeio não fizeram parte do comboio da Coluna Norte que, diante de tantas dificuldades, recebeu o título de “Operação Tartaruga.”
Chuva e festa

A partir dali, o ex-presidente passou a liderar o cortejo em cima de uma Romi-Isetta conversível. O grupo de automóveis brasileiros e 287 expedicionários desfilou pelas ruas da Brasília ainda não inaugurada.
Uma viagem épica que, entre tantos feitos desde a criação ao longo desses 59 anos, merece ser relembrada – e ter seu marco notado por todos que passarem pela esplanada, entre a Catedral e o bloco L do Ministério da Educação.
Carros nacionais, perrengues e recorde: o que foi a Caravana da Integração Nacional publicado primeiro em https://www.agenciabrasilia.df.gov.br
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